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segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Casados, mas eternos namorados

Certa vez, ouvindo uma palestra sobre casamento, o preletor exemplificou o tema com a seguinte história: “Um casal há muito havia perdido o romantismo entre eles. Então, o marido, em uma atitude ousada, chegou em casa e disse à sua esposa: ‘Querida, amanhã trarei à nossa casa um convidado muito especial. Quero que você vista a sua melhor roupa. Quero, também, que deixe a nossa casa um brinco. E não se esqueça de preparar uma comida bem especial’. No dia seguinte, a mulher, apressadamente, arrumou toda a casa, deixando-a completamente limpa e cheirosa. Preparou uma comida bem saborosa. Logo depois se preparou, vestindo a sua melhor roupa. Enfim, ela estava linda!

No horário marcado, o marido chegou e tocou a campainha. Ela, com os olhos brilhando, foi logo abrir a porta para ver quem era o tal convidado. Porém, teve uma surpresa: do lado de fora estava somente o seu marido. Ela foi logo perguntando: ‘Onde está o tal convidado? Fiz tudo o que você pediu para nada? Ele não veio?’ O marido abaixou a cabeça e entristecido disse: ‘O convidado especial sou eu, meu bem! Ou não significo mais nada para você? Veja quanto tempo estamos casados e você nunca mais se arrumou assim para mim e nem mais preparou um prato especial para me esperar?’ Naquele instante, o silêncio pairou entre os dois e os olhares de um para outro diziam mais que palavras.”

Esta é uma história bem simples, porém significativa e nos deixa uma grande lição: o cuidado mútuo entre os cônjuges deve ser cultivado a cada dia. Quantos casais não sabem mais o que é namorar ou o que é sair de mãos dadas? Parece papo de pré-adolescentes apaixonados. Não, não mesmo. E se engana quem pensa assim, pois o romantismo não é privilégio restrito aos casais mais jovens, pois cada idade tem o seu esplendor e o coração jamais envelhece.

O romantismo é um dos pilares de sustentação do casamento, que, infelizmente, há muito vem sendo negligenciado. É triste dizer, mas o que mais vemos hoje são casamentos de “fachada”, aqueles que mostram uma felicidade aparente para a sociedade, entretanto, entre quatro paredes, o clima entre o casal é outro.

É interessante observar que no período de namoro é fácil colocar o romantismo em prática. Presentes pra lá e pra cá, elogios, bilhetinhos e cartas de amor, palavras de incentivo, demonstrações de carinho e afeto. No entanto, depois de casados, muitos casais parecem desaprender as diversas linguagens do amor. Começam as cobranças, as trocas de ofensas, as irritações constantes por causa de pouca coisa. O romantismo cede espaço para o desgaste do relacionamento. Com o tempo, marido e mulher perdem o desejo um pelo outro.

Assim como este marido da história teve a idéia de surpreender a sua esposa, fazendo-a refletir sobre o que estava acontecendo entre eles, da mesma forma precisamos ter força de vontade para investir no casamento. Há quanto tempo você não diz “Eu te amo” para o seu cônjuge? Talvez, nos últimos anos, você tenha se dedicado mais a outras coisas como trabalho, amizades, jogar bola, sair sempre sozinho e, principalmente, subtraindo o tempo que você teria para dialogar com seu cônjuge e filhos pelas infinitas horas em frente à TV. Um bom diálogo também faz parte do romantismo.

Em seu artigo “Nossa casa: lar ou pensão?”, da Revista Lar Cristão (Vol. 1, Nº 4), Willian Féres, que além de médico endocrinologista atua, com sua esposa, Rute Nery Féres, na área de casais, fala da comunicação entre os cônjuges: “Um bom parâmetro para saber como está a comunicação, é verificar se você pode chamar sua esposa e filhos de amigos”. Nesse caso, o autor se referiu aos maridos. Porém, a frase também serve para as esposas.

Não importa o mau tempo e nem o passar dos anos. Em Deus tudo se renova. O romantismo independe de uma data especial para ser colocado em prática. Por isso, transforme o seu “Dia do Nada” em uma data para lá de especial. Curta o seu cônjuge. Os resultados serão surpreendentes. Experimente!

Ana Paula Costa
redacao@lagoinha.com

Fonte; sexocristao.com

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Algumas Razões Bíblicas Porque o Crente Não Perde a Salvação

Existe um ensino segundo o qual o crente não está salvo eternamente, ou seja, precisa se esforçar, lutar contra o pecado para não perder a salvação e, assim chegar ao céu. A Bíblia, porém, ensina que há uma salvação agora e eterna: “Em verdade, em verdade vos digo: Quem crê, tem a vida eterna... eu sou o pão vivo que desceu do céu. Se alguém comer deste pão, viverá para sempre.” (Jo 6:47,51). Baseado em tão grande promessa, o crente já está salvo e eternamente. Do contrário, as palavras de Jesus, acima citadas, ficariam sem sentido. Sendo assim, o verdadeiro salvo jamais pecará ao ponto de desviar-se do Senhor, mas sempre se arrependerá, e jamais viverá na prática voluntária do pecado (ver I João 3:9). O crente genuíno é ovelha de Jesus, o bom Pastor (Jo 10:4-5). Por isso, uma vez salvo, salvo para sempre, e para ser santo, não para viver pecando.(I Co 1:2). Por isso, a salvação eterna não é pretexto para vivermos no pecado, como falsamente afirmam os defensores da perda da salvação. Dizem estes:

“Se o crente não perder a salvação, então, pode pecar a vontade”. Para estes a Bíblia dá a resposta: “Que diremos, pois? Permaneceremos no pecado, para que a graça aumente? De modo nenhum. Nós, que estamos mortos para o pecado, como viveremos ainda nele? “ (Rm 6:12). Sim, o crente está na graça de Deus para sempre, mas não por causa disso vive no pecado, pois para o mesmo morreu (Rm 6:6-7). Agora pergunto aos defensores da perda da salvação: “Como é então, que um verdadeiro crente pode voltar ao pecado, se o mesmo não o domina? A Bíblia é clara ao afirmar que o verdadeiro salvo não pode ser dominado (Rm 6:14). Por isso, não peca habitualmente.”. Àqueles que se dizem crentes e de repente perceberam-se dominados pelo pecado, na verdade, nunca foram ovelhas de Jesus, mas falsa ovelha, ou melhor, porca lavada. Deste modo sobreveio-lhes o que diz este provérbio verdadeiro: volta o cão ao seu vômito, e a porca lavada volta a revolver-se no lamaçal (II Pe 2:22).

Vejamos mais provas de que o verdadeiro crente não pode perder a salvação:

*Primeiro – É promessa de Jesus segurar o crente até o fim. “Eu lhes dou a vida eterna, e jamais perecerão; e ninguém as arrebatará das minhas mãos” (Jo 10:28), “Portanto, pode também salvar perfeitamente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles” (Hb 7:25);

*Segundo – É o próprio Deus quem diz que o crente não se desvia dele: “E farei com eles (crentes) um pacto eterno de não me desviar de fazer-lhes o bem; e porei o meu temor no seu coração, para que nunca se apartem de mim” (Jr 32:40), “Porque já estais mortos, e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus” (Cl 3:3);

*Terceiro – O crente não pode ser tragado pelo diabo e perder-se. É também promessa de Deus sermos guardados do diabo até o fim: “Mas fiel é o Senhor, o qual vos confirmará e guardará do maligno” (II Ts 3:3), “Sabemos que todo aquele que é nascido de Deus não peca; mas o que de Deus é gerado conserva-se a si mesmo, e o maligno não lhe toca” (I Jo 5:18), “E o Senhor me livrará de toda má obra e guardar-me-á para o seu Reino celestial; a quem seja glória para todo o sempre. Amém!” (II Tm 4:18);

*Quarto – O crente não perde a salvação, porque jamais sairá de Cristo, e Cristo jamais sairá do crente, pois o crente é um com o Senhor: “Mas o que se ajunta com o Senhor é um mesmo espírito” (I Co 6:17); “E eu lhes fiz conhecer o teu nome, e lho farei conhecer mais, para que o amor com que me tens amado esteja neles, e eu neles esteja” (Jo 17:26);

*Quinto – O crente não perde a salvação porque os dons de Deus são irrevogáveis, isto é, para sempre: “Porque os dons e a vocação de Deus são sem irretratáveis.” (Rm 11:29), “Esta é a aliança que farei com eles Depois daqueles dias, diz o Senhor: Porei as minhas leis em seus corações, E as escreverei em seus entendimentos; acrescenta: E jamais me lembrarei de seus pecados e de suas iniqüidades”. (Hb 10:16-17);

Nos diz a Bíblia que fomos comprados por um alto preço (I Pe 1:18-19), por isso, não somos de nós mesmos (I Co 6:19-20), somos propriedade de Deus.

Agora pense: “Como pode perder-se alguém, cujo o proprietário é o Todo-poderoso?” Se você crer na perda da salvação, desculpe-me, mas para esta pergunta só lhe resta o silêncio como resposta. Ou então, crer!

No amor do nosso eterno Salvador

Henrique Ventura

Fonte: jornaltochadaverdade.blogspot.com

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Analisando o Pensamento Unitarista

O ensino unitarista nega terminantemente a santíssima trindade. Para eles não há três pessoas distintas na divindade (Pai, Filho e o Espírito Santo), mas três manifestações de um só Deus. Sendo assim, para o unitarista, as três pessoas da trindade não são três pessoas distintas.

Vejamos uma citação unitarista no tocante a este assunto: “Se Jesus é Senhor e Cristo, então, ele(Jesus) é e não pode ser outra coisa menos que Pai, Filho e Espírito Santo, em uma pessoa manifesta em carne. E não três pessoas, mas um Deus manifesto em três títulos maiores”.(De Volta a Palavra Original, p.9, publicado pela Igreja Unitarista Tabernáculo da Fé).

Portanto, para o unitarismo Jesus é Pai, Filho e Espírito Santo, manifestando-se por esses três títulos.

O Ensino Bíblico

Vejamos a partir de agora, de modo resumido, o que ensina a Bíblia no tocante a trindade e, por conseguinte, a perfeita união e distinção das pessoas que a compõem. A trindade de Deus está de modo claro revelada na Bíblia, esta nos apresenta um único Deus formado por três pessoas, uma só essência, da qual participa o Pai, o Filho e o Espírito Santo, ou seja, três pessoas e uma só natureza. Um Deus triuno e não triplo. Vejamos o seguinte versículo: Ouve, ó Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor (Dt.6:4). Neste versículo está revelado a trindade de Deus, pois a palavra único usada no original hebraico é a palavra echad que significa unidade composta. Esta palavra quando usada indicava não uma unidade absoluta, mas uma unidade composta, vejamos um outro exemplo do uso da palavra echad indicando assim uma unidade composta: E disse: eis que o povo é um (echad)...(Gn 11:6). Portanto, a palavra echad indica uma unidade composta, e se Deus é apresentado por esta palavra, então Ele é um Deus composto. Vale salientar, que existia também no original hebraico uma outra palavra usada para unidade absoluta, que era a palavra yachid, foi esta a palavra usada em Gn 22:2, quando Deus diz para Abraão: Toma o teu único (yachid) filho... É perfeito o emprego da palavra neste verso, pois Abraão tinha outro filho com Hagar, Ismael (Gn 16:4), mas o Filho da promessa era só um, Isaque.

Concluímos, então, que Deus é composto. Se a trindade de Deus é um ensino falso, não sendo ele trino, mas um só, porque então permitiria ele ser identificado na sua palavra de um modo composto, já que não seria isto verdade?

Vejamos mais uma prova da Santíssima Trindade nos seguintes versículos: Batizado que foi Jesus, saiu logo da água; e eis que se lhe abriram os céus, e viu o Espírito de Deus descendo como pomba e vindo sobre ele; e eis que uma voz dos céus dizia: Este é o meu Filho Amado, em quem me comprazo (Mt 3:16-17). Nesta passagem temos evidência clara acerca das três pessoas da trindade, Jesus sendo batizado, o Espírito Santo vindo sobre Ele, e o Pai falando do céu, ou seja, três pessoas distintas. No entanto, dizem os unitaristas que isto foi possível não porque haja três pessoas distintas, mas por ser Jesus onipresente se manifestou de três formas ao mesmo tempo. Ao fazer este arranjo, eles esquecem o seguinte detalhe: Jesus estava como homem e portanto limitado, não podendo estar se batizando, descendo do céu em forma de pomba e falando do céu. E, ainda o que seria mais absurdo, dizendo para ele mesmo: Este é meu Filho Amado em quem me comprazo. Alguém diz: “Ao se fazer carne Jesus deixou de ser onipresente?”. Ao se fazer carne, Cristo não usou seus atributos divinos, pois deles abdicou para morrer como homem (veja Fl 2:6). Assim sendo, Jesus como homem não usou seus atributos divinos, e como a onipresença, faz parte desses atributos, Ele enquanto não ressuscitou não usou sua onipresença. Ao ressuscitar, Jesus passou a usar tudo o que era seu de direito (Mt. 28:18), pois a obra já havia sido consumada, e hoje mesmo estando no céu com o corpo glorioso, Jesus é onipresente, sendo aquele que enche tudo e em todos (Ef. 1:23). Mas na terra enquanto homem não.

Uma outra observação acerca do texto em questão é o que nos diz o verso 16 em que Jesus recebeu o Espírito Santo “sobre Ele”. Isto faz cair por terra a idéia unitarista de que Jesus é o Espírito Santo, pois como pode uma pessoa receber sobre si ela mesma? Só se recebe sobre si outro. Assim sendo, Jesus recebeu sobre si a terceira pessoa da trindade, o Espírito Santo (Ver Lc 4:18).

Vejamos mais passagens que mostram a distinção das três pessoas da trindade:

1. Rogo-vos irmãos, por nosso Senhor Jesus Cristo e pelo amor do Espírito que combatais comigo nas vossas orações a Deus (Rm 15:30).

2. A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo sejam como todos vós (II Co 13:13).

3. Mas quando apareceu a bondade de Deus nosso salvador... Ele nos salvou mediante a lavagem da regeneração e renovação pelo Espírito Santo, que ele derramou ricamente sobre nós por meio de Jesus Cristo (Tt 3:4-6).

(Ver ainda Lc 10:21, I Co 12:4-6, I Pe 1:2)

Sim, a trindade de Deus está clara na Bíblia, e os que nela crêem cante como os serafins no céu: Santo, santo, santo, é o Senhor dos exércitos. (Is 6:3).

O Espírito Santo é Deus (At 5:3), igual ao Pai e ao Filho. Porém, distinto de ambos, ele não é o Pai nem o Filho, é sim o Espírito de Cristo (Rm 8:9). É portanto, igual ao Pai e procedente D’ele (Jo 15:26), é igual ao Filho e também procedente Dele (Gl 4:6), enfim, é o Espírito que procede do Pai e do Filho. Sendo de ambos pessoa distinta: ...batizando-os em nome: do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo (Mt. 28:19).

A Distinção Entre o Pai e o Filho

A Bíblia apresenta o Senhor Jesus como sendo o Filho eterno do Pai (Jo 1:1), ao contrário do que dizem os unitaristas, que afirmam que Jesus passou a existir como Filho quando foi gerado no ventre de Maria, e que antes disso Jesus não existia como Filho de Deus. A verdade bíblica é: Nunca houve o dia que Jesus nasceu como Filho, Ele é eternamente gerado do Pai, sempre existiu com o Pai: Mas tu, Belém Efrata, posto que pequena para estar entre os milhares de Judá, de ti é que sairá aquele que há de reinar em Israel, e cujas as saídas são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade (Mq 5:2). As saídas de Cristo, como Filho de Deus, não foi o ventre de Maria, mas desde os dias da eternidade, por isso Jesus afirmou que o Pai o amava (Jo 17:24). Sendo assim, Jesus é Filho eterno do Pai, o verbo que se fez carne (Jo 1:14), é a Ele que se refere I Tm 3:16, sim, Jesus é Deus manifesto em carne. O Espírito Santo transportou sua vida desde os céus para o ventre de uma virgem, o encarnando no ventre de Maria. A carne do Filho eterno de Deus foi obra exclusiva do Espírito Santo, o anjo foi claro: O que é nascido é do Espírito Santo. (Mt. 1:20), não tendo Jesus participação alguma com a carne de Maria. E isto explica a expressão usada em Lucas 1:35: Será chamado Filho de Deus.

Dizem os unitaristas que se Jesus fosse chamado de Filho de Deus por ocasião da encarnação, então antes disto acontecer, ele não existia como Filho. Porém, o que o verso quer dizer é que Jesus na terra seria tão somente Filho de Deus e, que até seu corpo foi Deus que o criou (Hb 10:5). Esquecem os unitaristas, que Jesus como Filho sempre existiu com o Pai, e que na encarnação ele não foi criado com Filho, mas introduzido no mundo: E outra vez, ao introduzir no mundo o seu primogênito... (Hb 1:6). Sim, no tempo certo aquele que já existia no céu se fez carne e habitou entre nós. (Jo 1:14, Gl 4:4). Portanto, Jesus como Filho eterno de Deus sempre existiu, na terra era ele Deus encarnado (Mt 1:23), por isso declarou-se igual ao Pai (Jo 5:12). Sim, Jesus é Deus bendito eternamente (Rm 9:5). Porém, Ele não é a pessoa do Pai, mas um com Ele, Ele é igual a seu Pai, possui a mesma natureza, sendo distinto como pessoa. Vejamos esta verdade: Ninguém jamais viu a Deus. O Deus unigênito, que está no seio do Pai, esse o deu a conhecer (Jo 1:18). Esta passagem constitui-se no golpe mortal no ensino unitarista, mostra o verso que Jesus é Deus gerado de Deus, ou seja, é o unigênito do Pai. Esta palavra unigênito significa único da mesma espécie, Cristo é o único possuidor da genitura do Pai, logo, Ele não pode ser a pessoa do Pai, visto que não se pode ser unigênito de si mesmo. E ainda mais, o verso chama Jesus de Deus unigênito deixando claro que na divindade um é o Deus Pai, e outro é o Deus Filho, e que ambos tem a mesma essência e uma perfeita união (Jo 10:38). Foi por isso, que Jesus declarou-se não como sendo a pessoa do Pai, mas Filho eterno Dele: Aquele a quem o Pai santificou, e enviou ao mundo, dizeis vós: blasfemas; porque eu disse: Sou Filho de Deus (Jo 10:36). Jesus nunca declarou-se o Pai, mas Filho igual ao Pai: Eu e o Pai somos um (Jo 10:30), isto é, um em divindade, mas distinto como pessoa, pois disse: somos um e não: Eu e o Pai é um. Além do mais como poderia Jesus ser Pai e Filho ao mesmo tempo? como poderia ser Filho de si mesmo? Respondem os unitaristas: “Quando nascemos somos filhos, mas quando casamos e temos filhos, nós nos tornamos filho e pai ao mesmo tempo.” Para justificar que Jesus era ao mesmo tempo Filho e Pai. Neste verdadeiro malabarismo esquecem um simples detalhe e por isso caem do trapézio. O detalhe é: Quando temos um filho, nós que antes éramos só filho, obviamente seremos também pai, porém um é o pai, outra é a pessoa do filho, há distinção. Sendo assim, um é Deus Pai, outro é seu Filho, por isso nossa comunhão é: Com o Pai, e com seu Filho Jesus Cristo (I Jo 1:3).

Vejamos o seguinte versículo: Eu te glorifiquei na terra, concluindo a obra que me deste para fazer. E agora, Pai glorifica-me em tua presença com a glória que tinha contigo antes que o mundo existisse(Jo 17:4-5). Perceba, o amado leitor, a distinção entre o Pai e o Filho: Jesus falou que glorificou o Pai na terra, e o fez na cruz (Jo 13:31), e pediu para que o Pai o glorificasse, e com uma glória eterna, da qual Ele é participante desde a eternidade. Mostrando sua filiação com o Pai, pois diz: A glória que tinha (passado) contigo. Sim, o Filho glorificou o Pai e o Pai glorificou o Filho (Jo 10:32) numa perfeita união.

Na cruz Jesus orando ao Pai disse: ...Deus meu, Deus meu, porque me desamparastes?”(Mt 27:46). Estaria Jesus orando para ele mesmo? Dizem os unitaristas que as vezes que Jesus orou ao Pai, era a sua natureza humana orando à divina. Aí eu pergunto: Afinal, quem é o Pai? a natureza divina de Jesus para quem ele orava ou um dos seus três títulos maiores? Decidam-se! Dizer que a natureza ora é um disparate. Quem ora é pessoa. Jesus não ensinou a natureza dos discípulos a orar, mas a pessoa dos discípulos: Vós orareis assim (Mt 6:9). Quem ora é uma pessoa e se ora à outra. Tanto na cruz como noutros casos era a pessoa de Jesus orando a pessoa do Pai (ver Lc 22:41-42). Vejamos o seguinte versículo: E Jesus, levantando os olhos para o céu, disse: Pai, graças te dou porque me ouvistes(Jo 11:41). Se Jesus é o Pai, que necessidade teria de erguer os olhos ao céu, se ele já estava ali? E outra, se ao orar Jesus o fazia com sua natureza humana à divina, terão que ensinar que além de orar a natureza humana de Jesus possui olhos! Veja no que dá o ensino dos unitaristas!

O Testemunho dos Apóstolos

Se o ensino unitarista é verdadeiro, então teria os apóstolos ensinado, ou melhor, teria Jesus instruído a eles a ensinarem que Ele Jesus é o Pai e que não há trindade visto ter sido os apóstolos ensinados diretamente por Jesus (At 1:2-3). Porém os apóstolos não ensinaram a doutrina unitarista, isto é, eles não criam que Jesus era a pessoa do Pai, mas distinto dele. Muito embora tenham eles ensinado a divindade de Cristo e tenham o apresentado como Deus, não misturavam as pessoas. Eles ensinaram uma perfeita união entre o Pai e o Filho e o Espírito Santo, sem misturar as pessoas.

Para os apóstolos Jesus não era a pessoa do Pai, mas distinto D’ele, e igual na divindade. Vejamos o testemunho de três apóstolos no tocante ao assunto:

A) Pedro – Quando Jesus perguntou: Quem dizem os homens ser o Filho do homem? (Mt. 16:13). Pedro respondeu: ...Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo(Mt 16:16). Nesta resposta vemos a distinção entre o Pai e o Filho, pois Pedro afirmou não que Jesus fosse o Pai, mas o Filho Dele. E Jesus confirma esta verdade ao dizer: ...bem aventurado és tu, Simão Barjonas, pois não foi carne e sangue que to revelou, mas meu Pai que está nos céus (Mt 16:17). Ora, quem revelou a Pedro a sublimidade de Cristo como sendo Filho do Deus vivo foi o Pai, que segundo Cristo estava nos céus. Estando Jesus na terra, naquela ocasião, não poderia ser ele o Pai que estava revelando a Pedro. Assim sendo, o Deus Pai revelou a Pedro a sublimidade de Cristo seu Filho, Deus não o revelou que Jesus era o mesmo Pai, mas o Filho Dele. É esta revelação que falta aos unitaristas. No monte da transfiguração mais uma vez é revelada a sublimidade de Cristo como Filho de Deus distinto do Pai, lá o Pai disse do Filho: Este é o meu Filho Amado, em quem me comprazo. A Ele ouvi. (Mt 17:5). A voz que saiu do céu foi a de Deus Pai em relação ao seu filho na terra, assim Jesus não poderia ser a mesma pessoa do Pai. Pedro foi testemunha ocular do fato pois esteve lá (Mt 17:1). Em sua epístola ele esclarece que quem falou do céu foi Deus Pai, glorificando a seu Filho, distinguindo assim as pessoas, diz ele: Porquanto ele (Jesus) recebeu de Deus Pai honra e glória, quando pela glória magnifica lhe foi dirigida a seguinte voz: Este é meu Filho Amado, em quem me comprazo; e essa voz dirigida do céu, ouvimo-la nós mesmos, estando com Ele no monte santo (II Pe 1:17-18). Tanto nesta passagem como em I Pe 1:2, o apóstolo usa o termo: Deus Pai distinguindo este de seu Filho, o que mostra a verdade incontestável, de que há um na divindade chamado Deus Pai.

B) João – Dos apóstolos o mais achegado a Jesus, ao ponto de ser chamado o discípulo a quem Jesus amava (Jo 13:23). É justamente o apóstolo amado que nos fornece provas da divindade de Cristo e sua distinção com o Pai. No evangelho que traz o seu nome encontramos diversos relatos em que Jesus é apresentado como divino mas distinto do Pai. Aliás, a finalidade do evangelho de João foi revelar Cristo como Filho distinto do Pai, o único no qual encontramos a vida eterna: Estes, porém, estão escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome (Jo 20:31).

Vejamos agora passagens do evangelho de João nas quais a doutrina unitarista vira pó: Mas Jesus respondeu: Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também (Jo 5:17), Pai, glorifica o Teu Nome. Veio, então do céu esta voz: Já o tenho glorificado, e outra vez o glorificarei (Jo 12:28), Na vossa lei está escrito que o testemunho de dois homens é válido. Eu sou um que testifica de mim mesmo, a minha outra testemunha é o Pai. (Jo 8:17-18), Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o agricultor. (Jo 15:1), Não se turbe o vosso coração. Credes em Deus, crede também em mim.(Jo 14:3) e Vim do Pai e entrei no mundo; agora deixo o mundo e volto para o Pai (Jo 16:28).

Portanto, o apóstolo amado não nos escreveu nada sobre um Cristo paranóico, que se dizia Filho de si mesmo, orava a si mesmo, e etc.

C) Paulo – O maior apologeta da Igreja que ensinou tudo sobre a doutrina neotestamentária (At 20:27). Em seus escritos encontramos a divindade de Cristo e sua distinção com o Pai. Vejamos esta verdade: Graça a vós, e paz da parte de Deus nosso Pai, e o Senhor Jesus Cristo (Gl 1:3), Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo...(Ef 1:3), Então virá o fim quando ele(Jesus) entregar o reino a Deus o Pai(I Co 15:24), Paz seja com os irmãos, e amor com fé, da parte de Deus Pai e do Senhor Jesus Cristo(Ef 6:23), Todavia para nós há um só Deus, o Pai, de quem são todas as coisas e para quem nós vivemos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual existem todas as coisas, e por ele nós também (I Co 7:6). Por estas passagens vemos que o apóstolo Paulo ensinava não que Jesus fosse a pessoa do Pai, mas Filho divino D’ele e, portanto igual ao Pai, porém distinto quanto a pessoa.

A doutrina unitarista de que Jesus é o Pai é falsa, pois não foi ensinada pelos apóstolos. Portanto deve ser rejeitada e pelos fiéis combatida.

No amor de Deus,

Henrique Ventura
Fonte: Jornal Tocha da Verdade Online

CONSELHOS DE UM PASTOR PARA A BOA CONVIVÊNCIA ENTRE OS IRMÃOS

Dedicado ao Rev. Heládio Santos, exemplo de espiritualidade e sabedoria.

INTRODUÇÃO

A igreja de Jesus deve ser, para os que dela fazem parte, uma comunidade terapêutica, a estalagem para onde foi levado o homem ajudado pelo bom samaritano (Lucas 10 : 34). Muitas são as organizações e comunidades que se apresentam para dar às pessoas reconhecimento e socorro, quando a igreja de Jesus é que deveria estar chegando a esse objetivo. Até mesmo no meio evangélico as organizações para-eclesiásticas (Desafio Jovem, G12, etc), algumas das quais não são doutrinariamente ortodoxas, estão propondo-se a atingir o alvo que a igreja deveria alcançar.

Infelizmente, as comunidades que se professam cristãs, em sua grande maioria, estão tendo uma organização de empresa, com vários departamentos, onde a pessoa é considerada na categoria a que pertence, como se não tivesse que ser considerada em sua individualidade. A Bíblia protesta contra essa organização impessoal da estrutura da igreja, ensinando-nos a ser a família de Deus (Efésios 3: 14 e 15). Para este fim, a Escritura propõe a reunião em casas e a ceia do Senhor praticada em reuniões fraternais (Atos 2:46: Atos 5:42). No entanto, de nada adianta termos uma estrutura de organização favorável à comunhão, se não tivermos a sabedoria para conviver. A Bíblia diz: “Quem dentre vós é sábio e inteligente? Mostre, pelo seu bom trato, as suas obras em mansidão de sabedoria. Mas, se tendes amarga inveja e sentimento faccioso em vosso coração, não vos glorieis, nem mintais contra a verdade. Essa não é a sabedoria que vem do alto, mas é terrena, animal e diabólica. Porque, onde há inveja e espírito faccioso, aí há perturbação e toda obra perversa. Mas a sabedoria que vem do alto é, primeiramente, pura, depois, pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade e sem hipocrisia. Ora, o fruto da justiça semeia-se na paz, para os que exercitam a paz.”(Tiago 3:13-18).

Nos nossos dias temos visto intrigas, incompreensões, traumas e doenças nervosas surgindo no seio da igreja. O objetivo do presente artigo é dar alguns conselhos para a boa convivência entre os cristãos, a fim de que a igreja possa cumprir a sua missão de ser uma comunidade terapêutica.

PRIMEIRO CONSELHO : Aprenda a ver o outro como outro

Quando o apóstolo Paulo disse, em certa ocasião, que se havia feito de judeu para ganhar os judeus e de gentio para ganhar os gentios, ele estava falando de renúncias de sua parte. No contexto de sua digressão, ele já tinha dito, inclusive, que optara pelo celibato e por não ser remunerado pela Igreja, a fim de que pudesse pregar com maior liberdade e sem qualquer obstáculo perante os homens. Agora, ele estava dizendo que, muito embora não estivesse sob as regras judaicas que limitavam o comportamento humano, ele quis adotar, entre os judeus, o mesmo estilo restrito de vida que o deles, a fim de ganhá-los para Cristo, não ferindo-lhes a sensibilidade cheia de escrúpulos. Perante os gentios, Paulo fez-se como os gentios, não praticando seus costumes pecaminosos como alguns poderiam pensar, mas convivendo com eles e participando com eles da mesa. Como Jesus, Paulo comeu com os pecadores. Para o pregador dos gentios, isso era um sacrifício, pois os pagãos, em seus modos, feriam a sensibilidade dos judeus, não seguindo as normas hebraicas de higiene e comendo animais considerados impuros, conforme se conclui da leitura de Atos 10:10-16. O apóstolo Paulo também disse que se fez como os fracos, não como os moralmente fracos, mas como os fracos de consciência, os quais mostram-se com a consciência cheia de escrúpulos, sendo demasiadamente radicais (Rom. 14 : 2).

terça-feira, 1 de novembro de 2011

História do hino 344 do Cantor Cristão – Deus cuidará de ti

          Era um domingo pela manhã em 1904. O rev. Walter Stillman Martin, pregador apreciado, freqüentemente convidado para séries de conferências e pregações pelas igrejas, teve um convite na cidade de Lestershire, Estado de Nova Iorque. A sua esposa Civilla, enferma e semi-inválida, e seu filho, ainda menino, estavam com ele na cidade. De repente, piorou consideravelmente o estado de saúde de sua esposa. Que fazer? Seria prudente deixá-la sozinha somente com o menino? O pr. Martin pensou em comunicar à igreja que seria imperativo cancelar o compromisso. Quando estava pronto para fazer a ligação, ouviu a voz do filho: “Pai, se é a vontade de Deus que você vá pregar hoje na igreja, Ele não poderá tomar conta da mamãe enquanto você estiver ausente?”

         O pr. Martin não fez a ligação. Aquela voz do seu filho afastou, de repente, todo o seu temor. Sim, Deus seria capaz de cuidar dela! A voz da sua esposa ajuntou-se à do menino: “Deus cuidará de mim.” O pr. Martin deixou a mulher e o filho aos cuidados de Deus e foi pregar. Houve muitas conversões! Sentia a mão de Deus abençoando-o poderosamente naquele dia.

         Chegando ao lar, qual a sua felicidade! O seu filho trazia na mão um envelope com uma poesia escrita no dorso com o título “Deus Cuidará de Ti”. “A pergunta que nosso filho fez e a simplicidade de sua fé me inspirou essas estrofes”, explicou Civilla. O seu marido também compartilhou as bênçãos que havia recebido. O pr. Martin, apanhando o poema sentou-se ao órgão. Dentro em pouco estava composta a melodia. Este hino maravilhoso sobreviveu ao casal, e até hoje nos conforta em cada angústia e cada tribulação.

         Salomão Luiz Ginsburg traduziu este hino em 1905, dedicando a tradução a Francis M. Edwards, missionário batista no Brasil de 1907 a 1924. Certamente com esta tradução Ginsburg procurava encorajar e fortificar a fé de Edwards, que passava por dias difíceis. Por alguma razão, ele publicou sua versão somente em 24 de outubro de 1912, em O Jornal Batista, na página 6. 

Fonte: http://www.musicaeadoracao.com.br/hinos/historias_hinos/ha_373.htm, que cita Porto Filho, Manoel: História e Mensagem dos Hinos que Cantamos, Teresópolis, RJ, Casa Editora Evangélica, 1962, p 15-18
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