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quarta-feira, 20 de junho de 2012

VALE A PENA SE CASAR ?

Por: Armando Bispo da Cruz 

Em conversas casuais, brincadeiras ou em sessões de aconselhamento com jovens e adolescentes, tenho notado certa aversão à idéia do casamento e suas implicações naturais, tais como: compromisso para a vida, criação de filhos, dedicação ao lar, submissão, amor incondicional, etc. ...
Ao indagar dos jovens as razões que os levam a assumir tal postura  negativa quanto ao casamento, obtive quase sempre as mesmas respostas:

      - Sou produto de um casamento desfeito.
      - Não sei quem é meu verdadeiro pai.
      - Meus pais brigam e se agridem constantemente.
      - Perdi a confiança nas pessoas.
      - Não quero depender de ninguém.
      - Não quero me comprometer com outra pessoa.
      - Não posso colocar em risco a minha carreira profissional.
      - Não acredito no amor verdadeiro.
      - Não tenho visto bons exemplos ao meu redor.

 A verdade é que 60% da população brasileira é composta de pessoas com  menos de 30 anos de idade, das quais a grande maioria não acredita que o casamento seja uma instituição fundamental e imprescindível para uma sociedade sã. Esta minha afirmativa pode ser corroborada por um artigo que  li num periódico nordestino cujo título era: "Casamento, O Túmulo do Amor". Nele, o autor ressaltava que um número cada vez maior de pessoas está optando pela separação, a fim de evitar os contratempos da rotina, da convivência e do compromisso envolvidos no relacionamento matrimonial.
    
Jovem, que seja evangélico ou não, você está sofrendo a influência maciça de uma sociedade que, além de não temer a Deus, está sob o domínio do  "deus do século" - Satanás (2 Co 4.4; 1 Jo 5.19). Ele tem influenciado  esta sociedade incrédula no estabelecimento de uma filosofia que nega o casamento. Não como os agnósticos ascetas (1 Tim 3.6), barateando o sexo num mercado onde o corpo virava mero objeto sem valor.

O mundo moderno está produzindo uma geração de pessoas solitárias e individualistas que preferem "momentos juntos", sem nenhum compromisso duradouro. O jornal "The New York Times" publicou recentemente um artigo que definia esta geração como "The Uncommitted Generation" (A Geração Sem Compromisso). Então, não é de se admirar que os jovens educados para constituírem uma nação de indivíduos, não acreditem que a família seja o único meio de se preservar o verdadeiro amor a partir de um compromisso que gera relacionamentos sadios, duradouros e equilibrados; condições indispensáveis para a preservação da sociedade.

Qual a posição da Igreja Evangélica nesse particular? Dos quase 20 milhões de pessoas que pertencem à alguma denominação evangélica, cerca de 60% compõem-se de jovens. Será que estamos de olhos vendados para a realidade dos conflitos e das dúvidas que afligem nossa juventude? No que diz respeito ao amor, sexo e compromisso, eles gravitam entre tabus, preconceitos, medo, curiosidade, apelos, tentações, conselhos tímidos, desconfiança e chavões pastorais. Andam como quem procura uma cidade num território sem mapa. Qualquer trilha pode ser a opção.

 A revista evangélica "Christianity Today" publicou uma pesquisa feita pelo  conferencista e escritor Josh MacDowell, na qual constava que: "65% dos jovens que freqüentam regularmente as Igrejas conservadoras já tiveram algum tipo de experiência sexual" (CT 18/03/88). Isto, entre outras coisas, mostra que estamos mais contaminados do que pensamos e devemos, sem demagogia e farisaísmo, interceder por nossos jovens.
Precisamos estar conscientes de que os livros, os periódicos, os seminários, os vídeos e os sermões sobre o valor da castidade e felicidad no casamento até que a morte nos separe não nos isenta da responsabilidade de transformamos nossos relacionamentos conjugais em exemplos; modelos dignos de serem imitados pelos adolescentes e jovens que precisam ver a família do seu pastor, dos diáconos, de seus professores e líderes, a materialização ou a concretização dos princípios bíblicos que tanto pregamos

Ao entregar sua vida ao senhorio absoluto de Jesus Cristo, você pode ter a certeza de fazer parte de uma nova criação (2 Co 5.17), podendo contar com  o poder do Espírito Santo para o estabelecimento dos relacionamentos  fundamentados no amor genuíno e no compromisso duradouro. Isto não  significa "mares de rosa", mas a promessa da graça de Deus para superar as  lutas do dia- a- dia. Se o problema por falta de exemplos, temos o amor de  Cristo por sua Igreja, o qual se constitui o parâmetro mais fidedigno que pode existir.

A hora é esta, jovem - "Lembra-te do teu Criador nos dias da tua  mocidade..." (Ec 12.1) e, embora marcado pelas decepções deste mundo, confie nAquele que pode renovar a sua mente, perdoa-lhe os pecados e lançar fora todo o temor. Ele o amou primeiro com seu amor incondicional (1 Jo 4.19) e derramou em seu coração esse mesmo amor que o ajudará a superar o receio e a desconfiança em relação ao casamento. Permita que Ele o conduza a experimentar o caminho sobremodo excelente. Então dirá...
Valeu a pena!

Publicado originalmente na revista Lar Cristão (http://www.larcristao.com.br/)



segunda-feira, 18 de junho de 2012

O Dom Espiritual de Discernimento de Espíritos

No escrito de hoje e, depois de termos escrito sobre o Dom Espiritual da Palavra de Sabedoria e, também sobre o Dom Espiritual da Palavra de Conhecimento, estaremos a pensar com todos os leitores, sobre o terceiro Dom de Revelação ou do Conhecimento, que é o Dom Espiritual de Discernimento de Espíritos.
O mundo atual tem sido para o povo de Deus, um mundo de enganos e desafios, tendo em vista que todos os dias, não só em muitos templos, mas na mídia televisiva que adentra a todos os instantes no recesso de nossos lares, nas emissoras de rádio que atentamente muitos ouvem, temos sido assaltados por ensinos dúbios e, por falsificadores da Palavra do Senhor, de todas as espécies, que sob o pretexto de estarem falando no nome de Jesus, têm causado muitas distorções e desvios da sã doutrina. Necessitando que o crente, com muito zêlo, esteja atento e orando ao Senhor, procurando como aconselha o Apóstolo: “procurai com zelo os dons...”.
E, sendo capacitado por este Dom de Discernimento de Espíritos, o use com muito critério e humildade, pois este Dom, nunca se fez tão necessário como hoje se faz, para edificar a Igreja do Se nhor e livrá-la de ser tragada por muitas ciladas que lhe são oferecidas, o que demonstra que o emprego e o uso dos dons espirituais na vida da igreja jamais cessaram.
Este Dom de Discernimento de Espíritos diz respeito exatamente à capacidade que o Espírito Santo de Deus confere ao servo do Senhor, ao crente em Cristo Jesus, para ter a condição de entender e distinguir os diferentes espíritos malígnos. E desta forma, poder sentir e observar, denunciar e discernir, se as coisas que estão a acontecer, são ou não provindas de Deus, ou do inimigo de nossas almas.
Quando falamos sobre e Dom Espiritual, somos levados a pensar no fato de que a Palavra do Senhor está recheada de incontestáveis exemplos, em que diversos homens de Deus foram usados com muito poder pelo Espírito Santo. Como por exemplo o Apóstolo Paulo, no incidente que está narrado por Lucas, no livro de Atos do Apóstolos 16.16-18, quando o apóstolo dos gentios fala com autoridade, em Nome de Jesus ao espírito maligno de engano.
Aquela jovem estava possessa pelo espírito do mal, em que a Bíblia diz ser “um espírito
advinhador”, o qual não resistiu a ordem do apóstolo, comandada no Nome de Jesus.
Retirando-se aquele espírito no mesmo instante em que ouviu do homem de Deus a determinação: “Em Nome de Jesus Cristo, eu te mando: retira-te dela. E ele na mesma hora saiu” (Atos 16.18b). Outro exemplo magistral é do Apóstolo Pedro, no caso de Ananias e Safira, narrado em Atos 5.1-11. Sem deixar de lembrar também o ocorrido com Pedro em uma outra experiência entre Pedro e Elimas (Simão - o mágico), Atos 13.9-11. Dois outros fatos são também mencionados e narrados na Bíblia envolvendo o salvador Jesus, quando em Mateus 9.32-33 ao curar o mudo queestava endemoniado e, ainda na cura da conhecida mulher que estava possessa por um espírito malígno de enfermidade, como assim exatamente diz a Biblia Sagrada em Lucas 13.11-16. E por fim, dentre outros tantos, cito a experiência de Filipe quando pregava em Samaria como narra o escritor Lucas, em Atos 8.7.
No texto grego, a palavra que significa discernimento é “DIÁKRISIS”, que fala da capacidade de distinguir as várias fontes das manifestações espirituais, fala da capacidade de diferenciar, de perceber que tipo de espírito está exercendo a atividade naquele momento. Pois bem, este dom espiritual capacita o crente em Cristo, membro do Corpo que é a Igreja do Senhor, a distinguir o tipo de influencia que tais espíritos poderão causar no seio do povo de Deus. Este Dom Espiritual meus amados, é um Dom apropriado, exatamente para este momento em que estamos vivenciando quando tantas distorções do evangelho de Cristo estão sendo divulgadas por todos os meios, inclusive na mídia. E é preciso que a Igreja de Cristo seja capacitada para que possa não se tornar uma presa fácil, diante de tantas heresias apregoadas diariamente, que tem arrastado tantos indoutos e incautos que vão atrás de qualquer vento de doutrina.
O Corpo de Cristo que é a Igreja do Senhor, vive o tempo todo lidando com o sobrenatural
e, não vamos nós, tendo conhecimento que as coisas do Espírito são tratadas espiritualmente, querer sistematizar e racionalizar a atuação do Espírito. Ainda mais porque o crente tem de estar atento e preparado, como diz em I João 4.1: “Amados, não creiais em todo espírito, mas, provai se os espíritos são de Deus, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo...”, isto é, recebemos do Senhor através de sua Palavra uma ordem no imperativo, para que a observemos e cumpramos, para podermos discernir com conhecimento, com revelação, porque este é um Dom Espiritual de Revelação.
Se tais coisas que estão a acontecer, são mesmo de Deus ou de falsos espíritos, e para sermos capacitados, temos de ter joelhos dobrados e firmeza doutrinária. Caso contrário não teremos condições de distinguir entre o erro e a verdade, e por este motivo temos de usar o “DIÁKRISIS”, isto é, a capacidade que pelo Espírito Santo é repartida a
cada um como quer, para que através desse Dom Espiritual possa o cristão se livrar e evitar que o Corpo de Cristo seja atacada pelas investidas de Satanás.
Por fim deixo para a consideração e reflexão o seguinte:
I - Não temos a menor condição, mesmo que tenhamos arraigado tradicionalismo, de ditar regras para que o Espirito Santo possa agir no seio da Igreja dessa ou daquela maneira.
II - Não podemos de igual modo, ensinar e ministrar como tantos já ensinaram ministraram, que os Dons Espirituais cessaram, se nós, de bom senso e de experiência
própria, sabemos que os dons não cessaram e, só cessarão, como diz a Palavra em I Coríntios 13.8-10: “quando vier o que é perfeito, pois, o que é em parte será aniquilado”.
III - Não devemos jamais colocar, por causa do nosso ceticismo, qualquer dúvida sobre o que o Espírito Santo de Deus pode ou não pode operar. Estejamos submissos ao Senhor, porque o Espírito Santo continuará a repartir os Dons Espirituais para quem Ele quiser. E só o fará se for para a edificação do Corpo de Cristo, para a exaltação e glorificação do Senhor da Igreja.
Portanto, querido leitor, não devemos nunca esquecer que lutamos e vivemos como discípulos de Jesus com o objetivo de que “Ele cresça, e nós diminuamos...”.
Autor:
Isaías Andrade Lins Filho
Pastor da IB dos Mares,
Salvador/BA

Extraído do Jornal Batista Online

domingo, 3 de junho de 2012

Dia do Homem Batista



Primeiro domingo de junho, dia 3, dia do homem batista. Assim como as mulheres, o homem batista
também merece ser homenageado. Todos aqueles que fizeram a diferença de forma íntegra na história dos batistas brasileiros, na obra missionária e aqueles que escolheram servir a Deus junto com sua família.

O primeiro passo na vida ministerial destes homens foi escolher servir no reino de Deus. Usaram, não somente o ministério pastoral como também, suas profissões para levar a mensagem
da salvação. São médicos, advogados, políticos, carpinteiros, pedreiros, padeiros, comerciantes e tantos outros que escolheram fazer a vontade de Deus.

O segundo passo foi ouvir a voz de Deus. Muitos homens batistas deixaram sua terra de nascimento e fincaram raízes em outras terras para pregar o evangelho.Com ousadia conviveram com índios, muçulmanos e tantas culturas diferentes das deles. Buscaram coragem na Palavra e investiram em ações ensinadas na Bíblia. Missões mundias, nacionais e urbanas, em  todos os cantos é possível encontrar homens de coragem e ousadia.

Muitos destes homens foram criticados por sua audácia, e só o tempo pôde provar que suas palavras e ações eram vindas da parte do Deus vivo. Homens que escolheram servir ao lado da família, que olham para sua família como um ministério e sua família lhe retribui com zelo, cuidado e companheirismo. Escolheram casar com uma mulher também serva do Senhor e educar seus filhos com os mandamentos bíblicos.
 
 
O Jornal Batista parabeniza todos os homens que passaram por este veículo, aqueles que transformaram pensamentos sábios em palavras, que noticiaram o que Deus tem feito pelo Brasil e pelo mundo, aqueles que com ousadia trazem reflexões de todas as gerações. Homens que construíram a história batista. Que a cada instante mais e mais homens escolham fazer a diferença neste mundo, e que escolham não ser omissos.
“Filho meu, não te esqueças da minha instrução, e o teu coração guarde os meus mandamentos” Provérbios 3.1.

Fonte: Editorial do Jornal Batista Online do dia 03/06/2012

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