Honramos a Deus
“Honra ao Senhor com os teus bens
e com as primícias de toda a tua renda; e se encherão fartamente os teus
celeiros, e transbordarão os teus lagares.” (Pv 3.9-10) Aconteceu que um homem
rico convidou um pastor de nossa igreja para um almoço. Eles foram a um
restaurante conhecido, e o garçom foi muito eficiente, servindo-os prontamente.
Quando se levantaram para sair, o pastor observou que seu anfitrião, colocou
algumas notas sob a borda do prato. E o garçom, que estava junto, sorriu feliz,
o que, traduzindo, significava que ele estava muito satisfeito.
Agora, como já estamos
familiarizados com esse costume, não vou falar dos méritos e desméritos de dar
uma gorjeta. Mas o pastor começou a meditar sobre aquelas notas. Bem, ele sabia
que uma boa gorjeta deve ser de pelo menos dez por cento do valor da conta
(portanto, o dízimo). Isso é o mínimo para que o garçom fique feliz. Mas como
aquele garçom ficou mais que feliz, é fácil supor que ele deu bem além dos dez
por cento. Ali, pensativo, aquele pastor concluiu que poucas pessoas honram a
Deus como honram o garçom. Para o garçom, dão mais que o dízimo, mas para Deus
qualquer valor já é alto demais. A verdade é que estão honrando o garçom mais
do que a Deus.
Quebramos fortalezas espirituais
“Trazei todos os dízimos à casa
do Tesouro, para que haja mantimento na minha casa; e provai-me nisto, diz o
Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu e não derramar sobre
vós bênção sem medida.” (Ml 3.10) Fortalezas mentais são convicções que,
aparentemente, são comprovadas pela realidade. Algumas pessoas, por exemplo, tiveram
muitas experiências de privação. Essa experiência de falta de provisão torna-se
uma imagem muito forte em sua mente. Depois de experimentarem muitas vezes a
mesma experiência, elas desenvolvem o pensamento de que devem reter ao máximo, caso
contrário, passarão necessidade. Esse pensamento se torna uma fortaleza, a
partir da qual o diabo introduz o medo e passa assim, a controlar a vida dela.
Dessa maneira, a prática de
dizimar vai contra tudo que está dentro daquela pessoa, que clama que ela irá
perecer. Mas entregar o dízimo é a maneira de Deus destruir a fortaleza mental e
quebrar o poder do medo, colocando a fé em seu coração. Eu creio que é por isso
que o Senhor diz: “Façam prova de mim”! Cada vez que a pessoa entrega o dízimo,
uma voz maligna diz que os dez por cento vão fazer falta ela vai passar
necessidade. Mas a voz do Espírito diz que essa será a ocasião de experimentar
o cuidado de Deus. Quando entregamos o dízimo, quebramos essa fortaleza mental
e entramos no território da fé.
Reconhecemos que
Deus é a fonte
“Não digam, pois, em seu coração:
‘A minha capacidade e a força das minhas mãos ajuntaram para mim toda esta
riqueza’. Mas, lembrem-se do Senhor, do seu Deus, pois é ele que lhes dá a capacidade
de produzir riqueza, confirmando a aliança que jurou aos seus antepassados,
conforme hoje se vê.” (Dt 8.17-18)
“Agora, nosso Deus, damos-te
graças, e louvamos o teu glorioso nome. Mas quem sou eu, e quem é o meu povo
para que pudéssemos contribuir tão generosamente como fizemos? Tudo vem de ti,
e nós apenas demos o que vem das tuas mãos.” (1Cr 29.13-14).
A maneira mais eficaz de romper o
domínio de Mamon sobre nossa vida é reconhecendo que a nossa fonte está em Deus
e não no nosso bolso. Nossa fonte não é o nosso trabalho. A nossa fonte é Deus;
dele vem a nossa provisão. Não precisamos de dinheiro, nós precisamos de Deus!
Adoramos a Deus
“E agora trago os primeiros
frutos do solo que tu, ó Senhor,me deste”. Ponham a cesta perante o Senhor, o
seu Deus, e curvem-se perante ele.” (Dt 26.10) A adoração deve ser a atitude de
todo aquele que chega para devolver os dízimos ao Senhor. Essa adoração envolve
pelo menos três elementos. O primeiro é que quando você entrega o dízimo, você
está reconhecendo que Deus é tanto o Senhor sobre a sua vida, quanto o provedor
de todas as bênçãos. Em segundo lugar, quando adoramos dessa forma, nós também
expressamos a lealdade e fidelidade. Em Gênesis 28, quando Jacó fez um voto diante
de Deus, ele disse que o Senhor seria o seu Deus e de tudo o que ganhasse, devolveria
o dízimo. O dízimo sempre fala de lealdade, e a sonegação do dízimo a Bíblia
chama de roubo. Um terceiro aspecto do dízimo como adoração, é a ação de
graças. Quando entregamos o dízimo estamos transbordando de gratidão
a Deus. Não entregamos simplesmente para sermos abençoados, mas sim, porque já
fomos abençoados.
Renunciamos ao
poder de Mamon
“Ninguém pode servir a dois
senhores; pois odiará a um e amará o outro, ou se dedicará a um e desprezará o
outro. Vocês não podem servir a Deus e ao dinheiro.” (Mt 6.24) O dízimo quebra
o poder do espírito de Mamon e destrói as propriedades sagradas, que nós
tentamos atribuir ao dinheiro. O dinheiro foi criado pelo homem como um meio de
troca por alguma coisa de valor igual. Todas as vezes que usamos o dinheiro,
esperamos receber algo de igual valor, mas quando usamos o dinheiro sem nenhuma
expectativa de receber algo de igual valor, nós estamos introduzindo o dinheiro
na esfera da graça. Mamon tenta nos convencer que quando damos, perdemos o
poder de compra. Contudo, ao fazermos isso, estamos dizendoque o Senhor, e não
o dinheiro, é a fonte da nossa provisão.
Investimos na Casa
de Deus
“Também fiquei sabendo que os
levitas não tinham recebido a parte que lhes era devida, e que todos os levitas
e cantores responsáveis pelo culto haviam voltado para suas próprias terras. Por
isso, repreendi os oficiais e lhes perguntei: ‘Por que essa negligência com o
templo de Deus?’ Então eu convoquei os levitas e cantores e os coloquei em seus
postos.” (Ne 13.10-11)
Quando entrega seu dízimo, você
investe na Casa de Deus. Nos dias de Neemias, os levitas não estavam recebendo
o seu salário, por isso, cada um voltou para o trabalho secular. Quando isso
aconteceu, a Casa de Deus ficou desamparada. Quando não temos um coração pela
Casa de Deus, facilmente caímos na infidelidade. Nos dias de Neemias, Deus levantou
o profeta Ageu para lidar com esse mesmo problema (Ageu 1.5-9).
É muito sério quando ignoramos
aquilo que está no coração de Deus: a Sua Casa. Por causa disso, o povo colheu
muitas consequências. A primeira foi que semeavam muito e colhiam pouco; e o
que recebe salário, recebe-o para pô-lo num saquitel furado. Trabalham muito e não
veem prosperidade alguma. Baseado na promessa de Deus, posso afirmar que
dizimistas consagrados sempre prosperam. Eles liberam o dinheiro para a obra de
Deus; e, como resultado, recebem muito mais do que haviam dado. A segunda
consequência é que comiam, mas não se fartavam. Uma das características mais
perceptíveis de igrejas, que não são fiéis no dízimo, é a insatisfação quase
generalizada dos membros. Não se sentem alimentados e nem supridos. Por que o
Senhor diz que onde não há cuidado e nem oferta à Casa de Deus as pessoas até
comem, mas nunca se sentem satisfeitas. Os que ignoram as necessidades da
igreja, não se sentem contentes em tempo algum.
Evitamos a
maldição
“Vocês estão debaixo de grande
maldição porque estão me roubando; a nação toda está me roubando. Tragam o
dízimo todo ao depósito do templo, para que haja alimento em minha casa.” (Ml
3.9-10) Fuja da maldição. A vida já é muito difícil da forma como a vivemos,
não acrescente maldições para piorar as coisas. A Palavra do Senhor diz que depois
da queda, a terra foi amaldiçoada. Semear e colher tornou-se um trabalho
penoso. O trabalho não é fácil, e tudo é conseguido com muita dificuldade. Não
permita que a maldição da infidelidade venha trazer dores sobre dores, angústia
em cima de angústia.
Temos os céus
abertos
“Tragam o dízimo todo ao depósito
do templo, para que haja alimento em minha casa. Ponham-me à prova”, diz o
Senhor dos Exércitos, “e vejam se não vou abrir as comportas dos céus e
derramar sobre vocês tantas bênçãos que nem terão onde guardá-las” (Malaquias 3.10).
A bênção mais extraordinária prometida aos dizimistas, é que as janelas do céu
serão abertas sobre eles. Ter os céus abertos, certamente vai resultar em
bênçãos que, normalmente, não imaginamos.
A Palavra de Deus menciona
algumas dessas bênçãos dos céus abertos. A primeira consequência de ter o céu
aberto é receber um dilúvio de bênçãos. Quando os céus estão abertos, os anjos
trazem as bênçãos. Jesus disse que os céus estavam abertos sobre Ele, por isso anjos
desciam trazendo bênçãos e subiam levando necessidade diante de Deus (Mt 3.16).
Não existe bênção maior que ter os céus abertos sobre a nossa cabeça. Não há
limites para o que podemos experimentar quando os céus se abrem. Evidentemente,
nós temos acesso ao Santo dos santos pelo sangue de Jesus, mas aquele que
conhece o Senhor, jamais negligencia a vontade. O dízimo é parte da vontade de
Deus e um instrumento para que os céus se abram sobre a sua vida.
Texto: Pr. ALOÍZIO ANTÔNIO
Revista:
ATOSHOJE PAG. 6,7 Edição nº 11