Estou
convencido de que ser pastor é um bendito privilégio e
uma grande
responsabilidade. Ser embaixador de Deus e ministro da reconciliação é a
missão mais nobre, mais sublime e mais urgente que um homem pode exercer na
terra. Ser portador de boas novas, pregador do evangelho, consolador dos
aflitos, edificador dos santos e pastor de almas é o posto de maior honra que
um homem pode ocupar na vida. Nenhuma vantagem financeira deveria desviar-nos
dessa empreitada. Nenhuma posição política, por mais estratégica, deveria nos
encantar a ponto de desviar-nos do ministério da Palavra. Charles Spurgeon
dizia para seus alunos: "Meus filhos, se a rainha da Inglaterra vos
convidar para serdes embaixadores em qualquer país do mundo, não vos rebaixeis
de posto, deixando de ser embaixadores do Rei dos reis e do Senhor dos
senhores".
Talvez
um dos grandes problemas contemporâneos seja que temos estrelas demais na
constelação da grei evangélica brasileira. Há pastores que gostam de ser
tratados como astros de cinema e como atores de televisão. É importante que se
diga, entretanto, que as estrelas só brilham onde o sol não está brilhando.
Onde o Sol da Justiça brilha, não há espaço para o homem brilhar. Deus não
divide sua glória com ninguém. Somente Jesus deve ser exaltado na igreja. Toda
a glória dada ao homem é glória vazia, é vanglória. O culto à personalidade é
idolatria e uma abominação para o Senhor.
Chegou
o tempo de sermos conhecidos como homens de Deus como Elias e Eliseu. Chegou o
tempo das pessoas serem informadas que na cidade onde moramos há homens de Deus
absolutamente confiáveis como Samuel. Chegou o tempo das pessoas reconhecerem
que a Palavra de Deus na nossa boca é verdade. Chegou o tempo de sermos homens
como Paulo, que pregava com lágrimas e poder, seja na prisão ou em liberdade,
com dinheiro ou passando privações, na saúde ou quando acicatado pelos
espinhos. Chegou o tempo de sermos pastores como Pedro que não vendia a graça
de Deus por dinheiro, não aceitava ofertas hipócritas e mesmo desprovido de
prata e ouro, via o poder de Deus realizando grandes prodígios por seu
intermédio. Chegou o tempo de sermos pastores como João Batista que estava
pronto a perder a vida, mas jamais a negociar os absolutos de Deus em seu
ministério. Que Deus nos dê pastores segundo seu coração.