Li recentemente um livro do pastor Hernandes Dias Lopes "De pastor a pastor", me trouxe muita edifcação, nessa data importante na vida dos pastores, recomendo a leitura desse livro e vou postar aqui um tópico que considero muito importante e muito edificante.
O PASTOR E SUA VIDA DE ORAÇÃO.
O
pastor deve ser primariamente um homem de oração e jejum. O relacionamento do pastor
com Deus é a insígnia e a credencial do seu ministério público. “Os pregadores
que prevalecem com Deus na vida pessoal de oração são os mais eficazes em seus
púlpitos quando falam aos homens”.
A
oração precisa ser prioridade tanto na vida do pastor como na agenda da igreja.
Mede-se a profundidade de um ministério não pelo sucesso diante dos homens, mas
pela intimidade com Deus. Mede-se a grandeza de uma igreja não pela beleza de
seu edifício ou pela pujança de seu orçamento, mas pelo seu poder espiritual através
da oração.
Infelizmente,
muitos pastores e igrejas abandonaram o alto privilégio de uma vida abundante
de oração. Hoje nós gastamos mais tempo com reuniões de planejamento do que em
reuniões de oração. Dependemos mais dos recursos dos homens do que dos recursos
de Deus. Confiamos mais no preparo humano do que na capacitação divina.
Consequentemente,
temos visto pastores eruditos no púlpito, mas ouvimos uma imensidão de
mensagens fracas. Muitos pastores pregam sermões eruditos, mas sem o poder do
Espírito Santo. Eles têm luz em sua mente, mas não têm fogo no coração. Têm
erudição, mas não têm poder. Têm fome por livros, mas não fome de Deus. Amam o conhecimento, mas não buscam a
intimidade com Deus. Pregam para a mente, mas não para o coração. Têm uma boa atuação
diante dos homens, mas não diante de Deus. Gastam muito tempo preparando seus
sermões, mas não preparando seu coração. A confiança deles está firmada na
sabedoria humana, e não no poder de Deus.
Homens
secos pregam sermões secos, e sermões secos não produzem vida. E. M. Bounds afirma
que "homens mortos pregam sermões mortos, e sermões mortos matam".
Sem oração não existe pregação poderosa. Charles Spurgeon diz: "Todas as
nossas bibliotecas e estudos são mero vazio comparadas com a nossa sala de
oração. “Crescemos, lutamos e prevalecemos na oração privada”. Arturo Azurdia
cita Edward Payson, afirmando que" é no lugar secreto de oração que a batalha
é perdida ou ganha". A oração tem uma importância transcendente, porque é
o mais poderoso
instrumento para promover a palavra de Deus.
É
mais importante ensinar um estudante a orar do que a pregar Se desejamos ver a
manifestação do poder de Deus, se desejamos ver vidas sendo transformadas, se
desejamos ver um saudável crescimento da igreja, devemos, portanto, orar
regular,
privativa,
sincera e poderosamente. O profeta Isaías diz que a nossa oração deve ser perseverante,
expectante, confiante, ininterrupta, importuna e vitoriosa (Is 62.6,7). O
inferno treme quando uma igreja se dobra diante do Senhor Todo-poderoso para
orar.
A
oração move a mão onipotente de Deus. "Quando trabalhamos, trabalhamos;
mas quando oramos, Deus trabalha." A oração não é o oposto de trabalho;
ela não paralisa a atividade. Em vez a oração é em si mesma o maior trabalho;
ela trabalha poderosamente. Ela deságua em atividade, estimula o desejo e esforço.
A
oração não é um ópio, mas um tônico; não é um calmante para o sono, mas o
despertamento para uma nova ação. Um homem preguiçoso não ora e não pode orar,
porque a oração demanda energia. O apóstolo Paulo considera oração como uma
luta, e uma luta agônica (Rm 15. 30). Para Jacó, a oração foi uma luta com Senhor.
A mulher siro-fenícia lutou com o Senhor
através da oração até que saiu vitoriosa.
Muitos
pregadores crêem na eficácia da oração, mas poucos pregadores oram. Muitos
ministros pregam sobre a necessidade da oração, mas poucos ministros oram. Eles
lêem muitos livros sobre oração, mas não oram. Eles têm bons postulados
teológicos sobre oração, mas não têm fome de Deus. Em muitas igrejas as reuniões
de oração estão agonizando. As pessoas estão muito ocupadas para orar. Elas têm
tempo para viajar, trabalhar, ler, descansar, ver televisão, falar sobre
política, esportes e teologia, mas não gastam tempo orando. Conseqüentemente,
temos, às vezes, gigantes do conhecimento no púlpito, mas pigmeus no lugar
secreto de oração. Tais pregadores conhecem muito a respeito de Deus, mas
conhecem muito pouco a Deus.
Pregação
sem oração não provoca impacto. Sermão sem oração é sermão morto. Não estaremos
preparados para pregar enquanto não orarmos. Realizar a obra de Deus sem oração
é presunção. Novos métodos, planos e organizações para levar a igreja ao
crescimento saudável sem oração não são métodos de Deus. "A igreja está buscando melhores
métodos; Deus está buscando melhores homens."
E.
M. Bounds corretamente comenta: o que a
igreja precisa hoje não é de mais ou melhores mecanismos, nem de nova organização
ou mais e novos métodos. A igreja precisa de homens a quem o Espírito Santo
possa usar, homens de oração, homens poderosos em oração. O Espírito Santo não
flui através de métodos, mas através de homens. Ele não vem sobre mecanismos,
mas sobre homens. Ele não unge planos, mas homens, e homens de oração!
A pregação poderosa requer
oração. A pregação ungida e o crescimento da igreja requerem oração. David Eby
ainda exorta: Pastor, você deve orar. Orar muito. Orar intensa e seriamente. Orar
zelosa e entusiasticamente. Orar com propósito e com
determinação. Orar pelo ministério
da palavra em meio a seu rebanho e em sua comunidade. Orar pela sua própria
pregação.
Mobilize
e recrute seu povo para orar por sua pregação. Pregação poderosa não acontecerá
à parte da sua própria oração. Oração freqüente, objetiva, intensa e abundante
é requerida. A pregação torna-se poderosa quando um povo fraco ora
humildemente. Esta é a grande mensagem do livro de Atos. O tipo de pregação que
produz o crescimento da igreja vem pela oração. Pastor, dedique- se à oração.
Continue em oração. Persista em oração por amor da glória de Deus no
crescimento da igreja.
A oração é a chave que abre todos
os tesouros da infinita graça e poder de Deus.
Fonte: LIVRO DE PASTOR A PASTOR
Autor: HERNANDES DIAS LOPES
Páginas: 71 a 75.