No
escrito de hoje e, depois de termos escrito sobre o Dom Espiritual da Palavra
de Sabedoria e, também sobre o Dom Espiritual da Palavra de Conhecimento,
estaremos a pensar com todos os leitores, sobre o terceiro Dom de Revelação ou
do Conhecimento, que é o Dom Espiritual de Discernimento de Espíritos.
O mundo
atual tem sido para o povo de Deus, um mundo de enganos e desafios, tendo em
vista que todos os dias, não só em muitos templos, mas na mídia televisiva que
adentra a todos os instantes no recesso de nossos lares, nas emissoras de rádio
que atentamente muitos ouvem, temos sido assaltados por ensinos dúbios e, por
falsificadores da Palavra do Senhor, de todas as espécies, que sob o pretexto
de estarem falando no nome de Jesus, têm causado muitas distorções e desvios da
sã doutrina. Necessitando que o crente, com muito zêlo, esteja atento e orando
ao Senhor, procurando como aconselha o Apóstolo: “procurai com zelo os
dons...”.
E, sendo
capacitado por este Dom de Discernimento de Espíritos, o use com muito critério
e humildade, pois este Dom, nunca se fez tão necessário como hoje se faz, para
edificar a Igreja do Se nhor e livrá-la de ser tragada por muitas ciladas que lhe são
oferecidas, o que demonstra que o emprego e o uso dos dons espirituais na vida
da igreja jamais cessaram.
Este Dom
de Discernimento de Espíritos diz respeito exatamente à capacidade que o
Espírito Santo de Deus confere ao servo do Senhor, ao crente em Cristo Jesus,
para ter a condição de entender e distinguir os diferentes espíritos malígnos.
E desta forma, poder sentir e observar, denunciar e discernir, se as coisas que
estão a acontecer, são ou não provindas de Deus, ou do inimigo de nossas almas.
Quando
falamos sobre e Dom Espiritual, somos levados a pensar no fato de que a Palavra
do Senhor está recheada de incontestáveis exemplos, em que diversos homens de
Deus foram usados com muito poder pelo Espírito Santo. Como por exemplo o
Apóstolo Paulo, no incidente que está narrado por Lucas, no livro de Atos do
Apóstolos 16.16-18, quando o apóstolo dos gentios fala com autoridade, em Nome
de Jesus ao espírito maligno de engano.
Aquela
jovem estava possessa pelo espírito do mal, em que a Bíblia diz ser “um
espírito
advinhador”,
o qual não resistiu a ordem do apóstolo, comandada no Nome de Jesus.
Retirando-se
aquele espírito no mesmo instante em que ouviu do homem de Deus a determinação:
“Em Nome de Jesus Cristo, eu te mando: retira-te dela. E ele na mesma hora
saiu” (Atos 16.18b). Outro exemplo magistral é do Apóstolo Pedro, no caso de
Ananias e Safira, narrado em Atos 5.1-11. Sem deixar de lembrar também o
ocorrido com Pedro
em uma outra experiência entre Pedro e Elimas (Simão - o mágico), Atos 13.9-11. Dois
outros fatos são também mencionados e narrados na Bíblia envolvendo o salvador
Jesus, quando em Mateus 9.32-33 ao curar o mudo queestava endemoniado e, ainda
na cura da conhecida mulher que estava possessa por um espírito malígno de
enfermidade, como assim exatamente diz a Biblia Sagrada em Lucas 13.11-16. E
por fim, dentre outros tantos, cito a experiência de Filipe quando pregava em Samaria
como narra o escritor Lucas, em Atos 8.7.
No texto
grego, a palavra que significa discernimento é “DIÁKRISIS”, que fala da
capacidade de distinguir as várias fontes das manifestações espirituais, fala
da capacidade de
diferenciar, de perceber que tipo de espírito está exercendo a atividade
naquele momento. Pois bem, este dom espiritual capacita o crente em Cristo,
membro do Corpo que é a Igreja do Senhor, a distinguir o tipo de influencia que
tais espíritos poderão causar no seio do povo de Deus. Este Dom Espiritual meus
amados, é um Dom apropriado, exatamente para este momento em que estamos
vivenciando quando
tantas distorções do evangelho
de Cristo estão sendo divulgadas por todos os meios, inclusive na mídia. E é preciso
que a Igreja de Cristo seja capacitada para que possa não se tornar uma presa fácil,
diante de tantas heresias apregoadas diariamente, que tem arrastado tantos
indoutos e incautos que vão atrás de qualquer vento de doutrina.
O Corpo
de Cristo que é a Igreja do Senhor, vive o tempo todo lidando com o
sobrenatural
e, não
vamos nós, tendo conhecimento que as coisas do Espírito são tratadas
espiritualmente, querer sistematizar e racionalizar a atuação do Espírito.
Ainda mais porque o crente tem de estar atento e preparado, como diz em I João
4.1: “Amados, não creiais em todo espírito, mas, provai se os espíritos são de
Deus, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo...”, isto é,
recebemos do Senhor através de sua Palavra uma ordem no imperativo, para que a
observemos e cumpramos, para podermos discernir com conhecimento, com
revelação, porque este é um Dom Espiritual de Revelação.
Se tais
coisas que estão a acontecer, são mesmo de Deus ou de falsos espíritos, e para
sermos capacitados, temos de ter joelhos dobrados e firmeza doutrinária. Caso
contrário não teremos condições de distinguir entre o erro e a verdade, e por
este motivo temos de usar o “DIÁKRISIS”, isto é, a capacidade que pelo Espírito Santo é
repartida a
cada um
como quer, para que através desse Dom Espiritual possa o cristão se livrar e
evitar que o Corpo de Cristo seja atacada pelas investidas de Satanás.
Por fim
deixo para a consideração e reflexão o seguinte:
I - Não temos a menor
condição, mesmo que tenhamos arraigado tradicionalismo, de ditar regras para
que o Espirito Santo possa agir no seio da Igreja dessa ou daquela maneira.
II - Não podemos de
igual modo, ensinar e ministrar como tantos já ensinaram ministraram, que os
Dons Espirituais cessaram, se nós, de bom senso e de experiência
própria,
sabemos que os dons não cessaram e, só cessarão, como diz a Palavra em I
Coríntios 13.8-10: “quando vier o que é perfeito, pois, o que é em parte será
aniquilado”.
III - Não devemos
jamais colocar, por causa do nosso ceticismo, qualquer dúvida sobre o que o
Espírito Santo de Deus pode ou não pode operar. Estejamos submissos ao Senhor,
porque o Espírito Santo continuará a repartir os Dons Espirituais para quem Ele
quiser. E só o fará se for para a edificação do Corpo de Cristo, para a
exaltação e glorificação do Senhor da Igreja.
Portanto,
querido leitor, não devemos nunca esquecer que lutamos e vivemos como
discípulos de Jesus com o objetivo de que “Ele cresça, e nós diminuamos...”.
Autor:
Isaías Andrade Lins Filho
Pastor da IB dos Mares,
Salvador/BA
Extraído do Jornal Batista Online
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