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terça-feira, 10 de julho de 2012

A história dos Batistas

1ª  Igreja Batista dos Estados Unidos
Antes de tudo, os batistas não reconhecem um líder como "fundador", mas isso não exclui o fato de termos uma origem histórica.
Os batistas não só têm uma origem, mas têm também uma história cheia de beleza e heroísmo.
Dizer quando surgiu o nome "batista" é por demais fácil. Mas não é só isso que precisamos saber. E preciso saber os fatos e as circunstâncias que deram origem ao movimento batista.
Uma coisa é certa, os batistas não são uma novidade no cristianismo.


Os primeiros sinais do movimento batista
Os batistas surgiram no decorrer da história por não concordar com a corrupção existente nas chamadas "igrejas dominantes", em especial a Igreja Católica Romana. Quando estudamos a História da Igreja Cristã, observamos que desde muito cedo alguns cristãos começaram a protestar algumas práticas que começaram a surgir no meio da Igreja Cristã. Temos por exemplo, a boa doutrina cristã da salvação pela fé foi sendo substituida pela crença pagã da salvação pelas obras. As ordenanças cristãs - batismo e ceia, estabelecidas por Jesus Cristo, passaram a ser sacramentos, isto é, passaram a ter valor em si mesmas para melhorar a vida daqueles que delas participassem e muitas outras mudanças.
Diante dos fatos a igreja cristã ficou cada vez mais paganizada, sendo preciso que grupos começassem a pregar contra tais práticas que eram contrárias a Bíblia. Esses grupos surgiram em diversos lugares ao mesmo tempo. E em 1600 e 1700, eles receberam o nome de "batistas".
Logo se alguém pergunta sobre a origem dos batistas, pode-se oferecer a seguinte resposta: "Os batistas são cristãos que à semelhança de outros cristãos, através dos séculos fazem questão de conservar, pregar e viver as doutrinas cristãs expostas nas páginas do Novo Testamento".

Homens e líderes que foram resistentes contra a tirania religiosa
 Muitos homens deram a sua vida para que a pureza neotestamentária fosse uma realidade na Igreja Cristã. Entre muitos destacamos:
Pedro de Bruys, século XII, padre. Quando lia a Bíblia, convenceu-se do erro do batismo infantil e do culto que era prestado a cruz. Foi perseguido, preso e queimado em 1124.
Pedro Valdo, século XII, um rico negociante da cidade de Lyon, na França, converteu­se e começou a pregar o evangelho. Seus discípulOS foram chamàdos de "valdenses". Pedro Valdo foi perseguido, caçado na França, refugiou-se na Suíça, onde veio a morrer mais ou menos em 1120. Suas idéias eram semelhantes as de Pedro de Bruys.
João Wycliffe, século XIV, na Inglaterra. Era sacerdote católico. Wycliffe empreendeu uma tradução da Bíblia para o inglês e tomou providência em divul~á-Ia. Morreu em 1384, em sua casa, mas cerca de três décadas mais tarde o Concilio de Constança condenou-o e ordenou que suas cinzas fossem retiradas do túmulo e espalhadas nas águas do rio Severn ..
João Huss foi outro sacerdote católico, nascido da Boêmia, que se tornou praticamente discípulo de Wycliffe, lendo suas literaturas. João Huss foi condenado pelo Concílio de Constância e queimado vivo em 1415.

Uma reforma que não foi completa
Pela História, sabe-se que em 31 de Outubro de 1517, na Alemanha um frade de nome Martinho Lutero lançou em Wittemberg a tão falada reforma protestante.
No mesmo período, em Zurique, na Suíça, outro sacerdote católico, Ulrico Zwinglio lançou idéias iguais a de Lutero.
E mais tarde, também na cidade de Genebra, na Suíça, surgiu João Calvino, que liderou a reforma naquela cidade. Mas infelizmente, tanto Lutero, como Zwinglio e Calvino mantiveram um dos erros mais graves da doutrina católico-romana: o batismo infantil.
Logo em Wittemberg, Zurique ou Genebra qualquer criança que nascesse deveria logo ser batizada, tornando-se parte da igreja oficial. Aqui vemos outro erro mantido pelos reformadores, a união da Igreja com o Estado.

Outro tipo de resistência/outros grupos de resistência
Foi em Zurique que, resistindo a idéia de Zwinglio, alguns jovens começaram a proclamar a necessidade de regeneração antes do batismo. Formaram sua própria congregação e aqueles que desejavam unir-se a eles eram batizados depois de professarem sua fé. Por isso esse jovens e seus aderentes foram chamados de "anabatistas" isto é "aqueles que batizam de novo".
Esse tipo de resistência surgiu em lugares diferentes, em vários pontos da Europa. Esses grupos receberam o nome de "reformadores radicais". As igrejas que surgiram dos grupos foram chamadas de "igrejas livres", pois defendiam a separação entre a Igreja e o Estado.

Identificando a origem batista

E claro que temos muito dos anabatistas, mas na realidade as igrejas batistas foram· instituidas com vínculos no movimento puritano da Inglaterra.

Após muita perseguição, alguns grupos migraram da Inglaterra para Holanda, Amisterdam, sendo o primeiro grupo liderado por John Smith e Thomas Helweys, em 1607.

Em 1609 eles (John Smith e Helweys) organizaram uma nova igreja em Amisterdam, onde a condição de membro se baseava na profissão de fé pessoal, voluntária, precedendo o batismo. Dois anos mais tarde (1611/12), alguns membros da nova igreja, dirigidos por Thomas Helwys, retomaram a Inglaterra e lá tomaram parte no crescente movimento batista, que através de migrações, se espalhou pela América.

Assim podemos afirmar: movimento batista teve origem na Holanda com John Smith e Thomás Helweys, em 1609, mas fincou suas bases no território Inglês através da congregação de Thomás Helwys, em 1611/12, que se fixou em Spitalfield, nos arredores de Londres.
 
 
Conclusão
Batista é uma forma aferética de Anabatista. Mas não há relação orgânica entre os primeiros que foram chamados batistas ou "anabatistas". A relação espiritual, entretanto, é inegável.
O nome batista é um simples rótulo aposto por adversários a grupos de cristãos fiéis surgidos na Inglaterra no início do século XVII.
Assim, se alguém quiser saber qual a origem dos batistas, podemos responder:
nome surgiu no século XVI, mas o espírito, as doutrinas e as práticas vêm desde o primeiro século; ou,
• os batistas são cristãos que, à semelhança de outros cristão, através dos séculos fazer questão de conservar, pregar e viver as doutrinas cristãs expostas nas páginas do Novo Testamento.
Autor: Pastor Delfino

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