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segunda-feira, 20 de maio de 2013

Estando pronto a fazer qualquer sacrifício para honrar a Deus

"E ao anjo da igreja que está em Esmirna, escreve: Isto diz o primeiro e o último, que foi morto, e reviveu:
Conheço as tuas obras, e tribulação, e pobreza (mas tu és rico), e a blasfêmia dos que se dizem judeus, e não o são, mas são a sinagoga de Satanás.
Nada temas das coisas que hás de padecer. Eis que o diabo lançará alguns de vós na prisão, para que sejais tentados; e tereis uma tribulação de dez dias. Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida.
Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: O que vencer não receberá o dano da segunda morte".  
Apocalipse 2. 8-11



Aqueles crentes eram pobres, perseguidos, caluniados, presos e agora estavam sendo encorajados a enfrentar a própria morte, se fosse preciso. A questão em destaque aqui não é ser fiel até o último dia da vida, mas fiel até o ponto de morrer por essa fidelidade. É preferir morrer a negar a Jesus. Jesus foi obediente até a morte e morte de cruz. Ele foi da cruz até à coroa. Essa linha também foi traçada para a igreja de Esmirna: "Sê fiel até a morte, e eu te darei a coroa da vida" (Ap 2.10). Desta forma, a igreja de Esmirna não é candidata à morte, mas à vida.


 
A cidade de Esmirna era fiel a Roma, mas os crentes são chamados a ser fiéis a Jesus. A cidade de Esmirna tinha a pretensão de ser a primeira, mas Jesus diz: "Eu sou o primeiro e o último" (Ap 1.17). Somos chamados a ser fiéis até às últimas consequências, mesmo em um contexto de hostilidade e perseguição. Policarpo, o bis­po da igreja, discípulo de João, foi martirizado no dia 23/02/155 d.e. Ele foi apanhado e arrastado para a are­na. Tentaram intimidá-lo com as feras. Ameaçaram-no com o fogo, mas ele respondeu: "Eu sirvo a Jesus há oi­tenta e seis anos, e ele sempre me fez bem. Como pos­so blasfemar contra o meu Salvador e Senhor que me salvou?" Os inimigos furiosos, queimaram-no vivo em uma pira, enquanto ele orava e agradecia a Jesus o privi­légio de morrer como mártir.
Hoje, Jesus espera de seu povo fidelidade na vida, no testemunho, na família, nos negócios, na fé. Não venda seu Senhor por dinheiro, como Judas. Não troque seu Senhor, por um prato de lentilhas, como Esaú. Não ven­da sua consciência por uma barra de ouro, como Acã. Seja fiel a Jesus, ainda que isso lhe custe seu namoro, seu emprego, seu sucesso, seu casamento, sua vida. Jesus diz que aqueles que são perseguidos por causa da justiça são bem-aventurados (Mt 5.10-12). O servo não é maior do que seu senhor. O mundo perseguiu a Jesus e também nos perseguirá.
 
A Bíblia diz que todo aquele que quiser viver piedo­samente em Cristo será perseguido (2Tm 3.12). Paulo diz: "Pois, por amor de Deus, vos foi concedido não so­mente crer nele, também sofrer por ele" (Fp 1.29). Die­trich Bonhoeffer, enforcado no campo de concentração de Flossenburg, na Alemanha, em 9 de abril de 1945, escreveu que o sofrimento é o sinal do verdadeiro cris­tão. Enquanto estamos aqui, muitos irmãos nossos estão selando com seu sangue sua fidelidade a Cristo.
 
Aqueles que forem fiéis no pouco, serão recebidos pelo Senhor com honras: "Muito bem, servo bom e fiel; foste fiel sobre pouco; sobre muito te colocarei; participa da alegria do teu Senhor" (Mt 25.21).

 
Extraído do Livro:
Ouça o que o Espirito diz as igrejas.
Autor: Hernandes Dias Lopes




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